domingo, 24 de julho de 2011

[Artigo] - A vida nos bate para crescermos mais fortes



Criando raízes 
de Philip Gulley 

Nossa força vem de nossas fraquezas.” (Ralph Waldo Emerson) 

Quando eu era pequeno, tinha um velho vizinho chamado Dr. Gibbs. Ele não se parecia com nenhum médico que eu jamais houvesse conhecido. Todas as vezes em que eu o via, ele estava vestido com um macacão de zuarte e um chapéu de palha cuja aba diferente era de plástico verde transparente. Sorria muito, um sorriso que combinava com seu chapéu - velho, amarrotado e bastante gasto. 

Nunca gritava conosco por brincarmos em seu jardim. Lembro-me dele como alguém muito mais gentil do que as circunstâncias justificariam. 

Quando o Dr. Gibbs não estava salvando vidas, estava plantando árvores. Sua casalocalizava-se em um terreno de dez acres, e seu objetivo na vida era transformá-lo em uma floresta. 

O bom doutor possuía algumas teorias interessantes a respeito de jardinagem. Ele era da escola do "sem sofrimento não há crescimento". Nunca regava as novas árvores, o que desafiava abertamente a sabedoria convencional. Uma vez perguntei-lhe por quê. Ele disse que molhar as plantas deixava-as mimadas e que, se nós as molhássemos, cada geração sucessiva de árvores cresceria cada vez mais fraca. Portanto, tínhamos que tornar as coisas difíceis para elas e eliminar as árvores fracas logo no início. 

Ele falou sobre como regar as árvores fazia com que as raízes não se aprofundassem, e como as árvores que não eram regadas tinham que criar raízes mais profundas para procurar umidade. Achei que ele queria dizer que raízes profundas deveriam ser apreciadas. 

Portanto, ele nunca regava suas árvores. Plantava um carvalho e, ao invés de regá-lo todas as manhãs, batia nele com um jornal enrolado. Smack! Slape! Pou! 

Perguntei-lhe por que fazia isso e ele disse que era para chamar a atenção da árvore. 

O Dr. Gibbs faleceu alguns anos depois. Saí de casa. De vez em quando passo por sua casa e olho para as árvores que o vi plantar há cerca de vinte e cinco anos. Estão fortes como granito agora. Grandes e robustas. Aquelas árvores acordam pela manhã, batem no peito e bebem café sem açúcar. 

Plantei algumas árvores há alguns anos. Carreguei água para elas durante um verão inteiro. Borrifei-as. Rezei por elas. Todos os nove metros do meu jardim. Dois anos de mimos resultaram em árvores que querem ser servidas e paparicadas. Sempre que sopra um vento frio, elas tremem e balançam os galhos. Árvores maricas. 

Uma coisa engraçada a respeito das árvores do Dr. Gibbs: a adversidade e a privação pareciam beneficiá-las de um modo que o conforto e a tranqüilidade nunca conseguiriam. 

Todas as noites, antes de ir dormir, dou uma olhada em meus dois filhos. Olho-os de cima e observo seus corpinhos, o sobe e desce da vida dentro deles. 

Freqüentemente rezo por eles. Rezo principalmente para que tenham vidas fáceis. "Senhor, poupe-os do sofrimento." Mas, ultimamente, venho pensando que é hora de mudar minha oração. 

Essa mudança tem a ver com a inevitabilidade dos ventos gelados que nos atingem em cheio. Sei que meu filhos irão encontrar dificuldades e minha oração para que isto não aconteça é ingênua. Sempre há um vento gelado soprando em algum lugar. 

Portanto, estou mudando minha oração vespertina. Porque a vida é dura, quer o desejemos ou não. Em vez disso, vou rezar para que as raízes de meus filhos sejam profundas, para que eles possam retirar forças das fontes escondidas do Deus eterno. 


Muitas vezes rezamos por tranqüilidade, mas essa é uma graça difícil de alcançar. 
O que precisamos fazer é rezar por raízes que alcancem o fundo do Eterno, para que quando as chuvas caiam e os ventos soprem não sejamos varridos em direções diferentes. 

(Philip Gulley)

Do livro: Histórias para Aquecer o Coração

segunda-feira, 18 de julho de 2011

[Artigo] - Você "Partirá" sem Saber Para Onde?

Você "Partirá" sem Saber Para Onde?

"E partiu sem saber para onde ia"  - Hebreus 11.8
     Você já partiu dessa maneira? Nesse caso, se alguém lhe perguntou o que você estava fazendo, não foi possível dar uma explicação lógica, foi? Uma das dificuldades no trabalho cristão é essa pergunta: "O que você pretende fazer"? Você não sabe o que fazer; a única coisa que sabe é que Deus sabe o que ele está fazendo. Reavalie continuamente sua atitude para com Deus e verifique se está realmente "partindo", confiando inteiramente nele. É essa atitude que o mantém em permanente expectativa - você não sabe o que Deus vai fazer em seguida. Seu despertar, a cada manhã, será uma nova "partida", confiando inteiramente mais e mais em Deus. "Não andeis ansiosos pela vossa vida ... nem pelo vosso corpo" - não se preocupe com nenhuma das coisas com que você se preocupava antes de "partir".
     Você vem perguntando a Deus o que Ele vai fazer? Ele nunca lho dirá. Deus não nos revela o que vai fazer; ele revela sua Pessoa. Você crê num Deus que opera milagres? Você "partirá" 
em total submissão a ele até não ficar nem um pingo surpreso diante de nada que ele possa fazer?
     Se Deus é de fato o Deus que você conhece nos momentos em que está mais próximo dele, que impertinência é a preocupação! Que sua atitude constante seja uma contínua "partida", em total 
dependência de Deus; e sua vida adquirirá uma inefável graça, motivo de satisfação para Jesus. Você tem que aprender a "partir", abrindo mão de convicções pessoais, crenças, experiências, até que, no que disser respeito à sua fé em Deus, nada mais haja entre você e Ele.

Do livro: TUDO PARA ELE - Oswald Chambers